Meus bons amigos

Há dias quero falar de vocês, de como dividir várias garrafas de cerveja ou abraços, para matar saudades que atravessavam meses, me fizeram tão bem. Não liguei para nenhum, não combinei absolutamente nada. Mas os encontros foram acontecendo e, quando me dei conta da passagem do tempo, já era domingo. Eu tinha que voltar. Foi a primeira vez em anos que eu não quis partir. Tudo por causa desses momentos.

Quinta-feira
Foi aquela supresa no Maletta. E tudo voltou como num filme: os shows que vimos, as risadas, o trabalho coletivo, o sonho daquele mundo melhor pelo qual lutamos.

Brindes o dia inteiro. Cerveja, café e planos de um ano mais leve, de mais encontros.

Noite com a conversa que marcou. Sobre verdades, sobre amizade ser olho no olho, sobre mais de 20 anos de convívio (que milagrosamente dispensa ligar, mandar mensagem ou postar em redes. Como se telepatia fosse possível).

Sexta-feira
Mais flanar pela velhas esquinas com aquele "não vá embora, fique um pouco mais". Drinks, alegrias e dormir tranquila como criança.

Sábado
"Onde você está? Quero pelo menos te dar um abraço". E breve é a tarde, breve é a vida. Nem precisamos dizer muito, pois teremos mais um punhado de anos juntos, não importa onde um de nós esteja.

Domingo
De passeio no mercado, de sabores tão familiares, de trilha do Caetano, de vinho e de almoço farto. Hora de partir.

São Paulo
Atravessei a semana sentando ao lado de desconhecidos no metrô, sem "dolorosas" do bar para compartilhar e com os desencontros habituais - o "vamos combinar sem falta", que também foi dito lá em junho de 2016 (e sobre isso nem insisto para que um encontro sem assunto aconteça) -, além certeza de que não preciso de nenhum esforço para contar com meus bons amigos.



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